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O desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), está sob investigação por suposta venda de sentenças, com indícios que incluem depósitos em espécie de R$ 641 mil, pagamentos a empresas do filho e diálogos sobre propinas. A Operação Churrascada, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com ordem do STJ, levou ao afastamento de Ivo de Almeida por um ano.

Operação Contágio

A investigação começou com a Operação Contágio em 2021, que apurava desvios em hospitais públicos. Wellington Pires, advogado e guarda municipal, foi flagrado em conversas sobre compra de decisões judiciais. Ele teria intermediado contatos entre o desembargador e advogados interessados em decisões favoráveis mediante pagamento.

Conversas sobre Propinas

Valmi Lacerda Sampaio, falecido em 2019, era amigo do desembargador e envolvido em negociações de propinas, usando o codinome “churrasco” para marcar plantões judiciários. Após a morte de Valmi, Wilson Vital Menezes Junior assumiu o papel de intermediário, continuando as supostas práticas ilícitas.

Negociações de Habeas Corpus

O advogado Wellington Pires pediu a Wilson Vital que intercedesse em favor de Adormevil Vieira Santana, condenado por roubo e estelionato. Conversas indicam pagamentos em troca de decisões favoráveis, incluindo a concessão de prisão domiciliar a Adormevil.

Implicações

A investigação aponta indícios de rachadinha, com transferências regulares de servidores para a conta do desembargador. Depósitos significativos foram identificados na conta de uma empresa do filho do magistrado, ligados a petições de advogados.

Declaração da Defesa

O advogado Alamiro Velludo Salvador Netto, defensor de Ivo de Almeida, declarou que ainda não teve acesso completo aos autos e espera pela autorização para se manifestar adequadamente.

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